O globo- 19/9/07
O Brasil fez grandes avanços no combate às emissões de CFCs
(clorofluorocarbonos), substâncias que deterioram a camada de ozônio na
alta atmosfera. Num relatório compilado pelas Nações Unidas, o país
aparece como o quinto maior redutor do consumo, entre 172 nações. A
informação é da rede britânica BBC.
A comparação foi feita entre as taxas de produção dos gases entre os anos de 1995 e 2005. O país cortou 9.928 toneladas de Potencial Destruidor de Ozônio -- unidade adotada para medir o quanto a camada pode ser danificada pelos gases.
Nos cortes, o Brasil ficou atrás da China, que cortou 62.167 toneladas, dos EUA, que cortou 34.033 toneladas, do Japão e da Rússia.
O estudo teve por objetivo avaliar o sucesso do Protocolo de Montreal, que foi criado exatos 20 anos atrás e assinado por 191 países.
A despeito dos bons resultados, especialistas apontam que o esforço ainda não foi suficiente para conter o avanço do buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Para eles, será preciso reduzir o tempo que os países em desenvolvimento terão a mais para erradicar a emissão desses gases.
Os CFCs são rotineiramente usados em sprays e aerossóis, geladeiras e aparelhos de ar-condicionado. Na alta atmosfera, eles reagem com o ozônio, transformando-o em oxigênio comum. Quando isso acontece, as moléculas perdem sua capacidade de absorver os raios ultravioleta do Sol e proteger a superfície da Terra dessa poderosa radiação nociva à vida.
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